Influenciada basicamente por 3 grandes culturas, malaios (60%), chineses (25%) e indianos (10%), a Malásia está sendo um enigma para mim. Ainda não consegui me adaptar ao ritmo do país e estou tendo bastante dificuldade enquanto pedalo.
É a primeira vez que visito um país com maioria islâmica, embora os budistas e hindus também são muito presentes por aqui. Aliás, a diferença religiosa está sendo a maior atração nestes primeiros dias de Malásia. É comum chegar em algum lugar frequentado pelos 3 povos e consequentemente presenciar 3 culturas bem distintas que são fortemente embasadas na religião. No entanto, as vezes me surpreendo ao estacionar a bike e ver apenas um dos povo frequentando o local. Eu não sei, mas me parece que existe um certo distanciamento entre as culturas beirando a discriminação.
No meu segundo dia no país, parei para almoçar em um grande restaurante a beira da estrada. O cheiro de curry misturado com fritura já não causou boa impressão… a comida exposta na bancada tinha um aspecto não muito atraente, para não dizer horrível. Escura, remexida com algumas moscas que meus olhos insistiam em seguir enquanto eu pensava: Não senta aí não… Depois, uma família de chineses cortou a fila na caruda, enquanto o suor causado pelas horas de pedal e pelo incrível calor escorria por todos os lados da minha cabeça, irritando inclusive meu olho. Ao sair da fila para lavar o rosto, já quase sem apetite, avistei uma família inteira de hindus usando as mãos ao invés de talheres para comer… Eu já havia presenciado isso no Nepal e respeito o hábito, mas aquela cena foi demais naquele momento… Saí do restaurante sem olhar para trás e acabei comendo um hambúrguer de frango em um KFC com ar condicionado alguns quilômetros á frente.
Agora estou em George Town, uma cidade muito aconchegante e organizada com 220 mil habitantes fundada pelos ingleses em 1786.
Estou na casa do Leonardo Azevedo, vulgo Sarita que já está por estas bandas á 8 anos. Leo é preparador físico do Penang, time que disputa a primeira divisão do país. O Renê Duarte que nos apresentou. Nós 3 trabalhamos juntos na antiga Fórmula Academia, no entanto o horário de trabalho distinto não permitiu que eu conhecesse o Leo. Fui muito bem tratado pelo Leo e a esposa Mônica que sete meses atrás tiveram gêmeas, Maia e Lara. Duas mesticinhas lindas que são a alegria da casa.
Ontem fui para a cozinha depois de muito tempo. Fiz um ceviche com três tipos de peixe e um risoto de abóbora, semente de erva-doce e camarão. Foi uma maneira bacana de retribuir o carinho que recebi. Acho que todos gostaram, inclusive os convidados do Leo que vieram de Kuala Lumpur para fazer uma visita. Aliás, Kuala Lumpur, a capital do país é o meu próximo destino, distante cerca de 350 km de George Town.
Deixo aqui meu muito obrigado ao Leo e sua esposa Mônica e ao Rene Duarte que nos apresentou!
Respostas de 7
A visão da comida deve ter sido muito ruim mesmo, para quem comeu barata….eca!
O negócio estava feio…. e a fome nem era tanta!!! kkkk
Concordo com a Sueli, comeu batata e tá com “frescurinha”…rsrs (brincadeira). Saudades do seu ceviche (muito bom). Boa sorte nessa nova etapa da sua viagem, espero que se acostume rápido com todas essas diferenças. Grande abraço.
Pois é!!! Comigo não tem muita frescura… mas desta vez não deu! kkkk
abrc
Retificando…comeu barata.
O corretor do Windows me aprontou…rsrs.
Que gêmeas + fofas!
Como vc é discolado, vai tirar de letra qquer novidade estranha na Malásia, afinal, mais alguns dias e projeto cumprido com muuuuuuuuita estórias pra contar.
Força no pedal e se cuide.
O Projeto está acabando… preciso fazer algo!!! kkkk
bj