Aurélio Magalhães – Da China Para Casa by Bike

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Amizades verdadeiras nunca morrem!

É possível encontrar um amigo que você não vê há 18 anos, do outro lado do mundo, sabendo apenas seu primeiro nome?

Se tem uma coisa que eu gosto é encontrar os amigos. E meus amigos sabem disso! Sempre tento promover encontro para reunir a galera! Seja em um churrasquinho ou jantarzinho em casa, ou em encontros de turmas da velha guarda. De vez em quando, faço uma viagem para encontrá-los. Seja lá onde eu estiver, se tem algum amigo por perto, eu faço um desvio para abraçá-los!

E sem desperdiçar o trocadilho, acho que desta vez fui longe demais!kkk

Quando morei na Inglaterra, 1997, conheci Emóke, uma húngara que dividia a mesma casa comigo. Com um inglês muito mais avançado que o meu, ela foi muito mais que uma amiga, me ajudava todas as noites, a evoluir o meu vocabulário e a construir noções gramaticais de inglês. Ainda tenho muito a evoluir, mas se não fosse a lições extras, não faço ideia do nível em que eu estaria…

Com a possibilidade de cruzar a Hungria de bicicleta, já vinha deslumbrando tentar revê-la! Mas como?

A única coisa que tinha além do seu primeiro nome, era uma vaga lembrança do nome do lugarejo onde ela morava:  “Palank”.

Fui forçando a memória e ao pesquisar no google maps, fui descartando algumas possibilidades. Por exclusão achei a cidade: Szekszárd. Pronto! Era o ponto de partida que me deu fôlego para seguir procurando. Eu já havia feito uma visita a ela no mesmo ano, 1997, e tinha uma vaga lembrança do lugar. Sabia que se conseguisse chegar a cidade, conseguiria achar o lugarejo onde seus pais moravam, e era “tudo” isso que eu tinha nas mãos… Não fazia ideia se ela continuava na cidade, ou se seus pais ainda moravam na mesma casa, se estava casada,como aparentava…. nada!

Pois bem! Acordei com a Cynthia e desviamos nosso roteiro em aproximadamente 300 km. Ao mesmo tempo que achava uma loucura, confiava de alguma forma que poderia encontrá-la!

Deu certo! Encontrei-a lecionando na escola bem pertinho da casa onde seus pais moravam! Foi um encontro que me deixou muito feliz e emocionado! Emóke nos recebeu com muito carinho! Pudemos conversar, relembrar várias histórias que vivemos na Inglaterra e de quando visitei-a pela primeira vez! Naquela ocasião, mandei um telegrama de manhã, avisando que chegaria de trem em algumas horas! Desta vez, cheguei de bike sem avisar! Não sei ao certo quando nos encontraremos novamente, mas estou certo que cada km desviado valeram a pena para dar um abraço apertado nesta amiga!

Emóke e eu, 18 anos depois... Szekszárd, Hungria.
Emóke (foto daquela época) e eu, 18 anos depois… Szekszárd, Hungria.

Deixo um forte abraço em seu marido Victor, em sua mãe, que também nos trataram com muito carinho!

Valeu Emóke! Até a próxima!

 


 

A viagem ao redor do globo continua. Suba na garupa e venha comigo nesta aventura!

DA CHINA PARA CASA BY BIKE, compartilhando a viagem enquanto ela acontece! Toda quinta-feira um novo episódio com dicas, curiosidades e o dia a dia de uma VOLTA AO MUNDO DE BICICLETA.

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