Os suecos iniciaram sua expansão em direção ao Leste e navegaram por lagos e rios russos até chegar aos mares Cáspio e Negro, o que lhes permitiu entrar em contato com o império bizantino e com os povos islâmicos da Pérsia. Suas expedições tiveram caráter mais comercial do que guerreiro e foram responsáveis pelo início das atividades econômicas nas bacias dos rios Dnieper e Volga. Da fusão de suecos e eslavos surgiram os primeiros principados russos, entre os quais se destacou, já no século IX, o de Kiev. O comércio dos vikings também provocou, no leste da Europa, o surgimento do ducado da Polônia e do reino da Hungria.
Os noruegueses se expandiram para oeste e ocuparam sucessivamente as ilhas Shetland, Faroe, Órcadas, Hébridas e a Islândia. Também se estabeleceram em diversos pontos da costa irlandesa. O chefe Erik, o Vermelho, chegou à Groenlândia no século X e seus filhos atingiram o continente americano num local que denominaram Vinland, “terra das vinhas”.
Os dinamarqueses foram, ao longo de três séculos, o terror da Europa, sobretudo do reino da França. Aproveitando-se da debilidade dos países da Europa ocidental após a morte de Carlos Magno, realizaram repetidas incursões às zonas litorâneas do mar do Norte, tanto no continente quanto nas ilhas britânicas. Suas embarcações, de pequeno calado, tinham grande mobilidade, e isso lhes permitia seguir sem problemas os cursos dos rios, o que os tornou temidos também no interior. Em meados do século IX, subiram o Sena e saquearam Paris; pelo curso do Garona, chegaram a Toulouse; pelo Guadalquivir, a Sevilha; pelo Ródano, a Valencia e pelo Volga, a Portugal.
Os normandos ou “homens do Norte” eram vikings que se fixaram na França (na região agora denominada Normandia), tendo então conquistado a Inglaterra em 1066. Uma famosa tapeçaria normanda, que se encontra num museu da cidade de Bayeux, mostra cenas desta conquista.
No final do oitavo século d.C., vindos do mar distante, de onde hoje chamamos Noruega (A), Dinamarca (B), e Suécia (C), os Vikings empreenderam uma série de viagens audazes, comerciando, colonizando e também, muitas vezes, pilhando. Durante mais de 250 anos, foram se estabelecendo pela Europa – das Ilhas Britânicas (D) e da França (E) à Itália (F) e Rússia (G). Os vikings noruegueses, em especial, foram os primeiros europeus a descobrirem uma passagem para a América do Norte através do Atlântico. Foram por etapas, assentando bases por onde passavam – Ilhas de Shetland (h), Ilhas de Faroe (I), Islândia (J), Groenlândia (K), e – por apenas alguns anos – o lugar que chamaram de “Terra das Vinhas” (L).
Em branco as rotas dos Vikings Noruegueses, rumo ao oceano Atlântico, ilhas Britânicas e Normandia.
Em laranja as rotas dos Vikings Dinamarqueses, rumo ao sul a Inglaterra, Normandia e Mediterrâneo.
Em vermelho as rotas dos suecos, também conhecidos como Varegues. Eles chegaram a Constantinopla e
fundaram o primeiro Reino da Rússia (com capital em Kiev), além de dominarem a Finlândia.