TEMPORADA COREIA DO SUL –
EPISÓDIO #2 –
Fiquei impressionado com a hospitalidade e solidariedade dos coreanos. A cada dia tive uma surpresa diferente e posso afirmar que seu povo é o que o país tem de melhor!
Ainda em Seul conheci Jinwon Choi atrvés que me apresentou o Jjimjilbang, uma casa de banho público, super apreciado pelos coreanos, que fez a diferença para suportar o inverno do país.
Em 2012 o governo sul-coreano investiu pesado na construção de ciclovias intermunicipais e busca cada vez mais incentivar a população a usar a bicicleta como forma de lazer e promoção de saúde. Oficialmente o país possui mais de 2.000 km de ciclovias pavimentadas, muito bem sinalizadas e seguras, e com boa estrutura para cicloturistas, que vem aumentando a cada ano. Buscando incentivar ainda mais a prática de viajar de bicicleta, a Organização Coreana de Turismo criou um Passaporte e distribui várias cabines de certificação pelas 7 ciclovias nacionais do país. Cada cabine possui um carimbo e a cada ciclovia percorrida, uma estampa é anexada ao passaporte. Quando o passaporte é totalmente preenchido o cicloturista recebe uma medalha de honra. Essa simples iniciativa vem atraindo cada vez mais adeptos a modalidade. Disparado, as ciclovias coreanas foram as melhores que já pedalei. A maior parte do percurso é por faixas exclusivas, e quando é compartilhadas com carros, são usadas sempre estradas secundárias com pouquíssimo movimento. Placas de sinalização alertam os motoristas e também guiam os ciclistas com precisão, sem deixar nenhuma dúvida sobre o caminho a seguir. Bombas de ar comprimido para encher os pneus, ferramentas, áreas de descanso, água e banheiros são encontrados ao longo de todo o trajeto. O ponto negativo é que as informações estão escritas com o ideograma local, e pode ficar difícil se orientar. Sempre margeando os rios, as ciclovias são prioritariamente planas. Em todo o meu trajeto de mais ou menos 600 km, encontrei apenas 4 montanhas com no máximo 550 metros de altitude.
Definitivamente o inverno coreano deve ser evitado. Além de pedalar com temperaturas abaixo de zero, as paisagens perdem um pouco do fascínio, já que tudo está queimado pelo gelo. Com o vento, a sensação térmica dispensa fazendo com que a máquina fotográfica que viaja no quadro da bicicleta pare de funcionar. Os rios amanhecem congelados e o tempo nublado é uma constante. Se for pedalar no inverno, o melhor é seguir de Seul para Busan, pois o vento sopra prioritariamente neste sentido nesta época do ano, no verão, a coisa inverte. Outra recomendação é fazer distâncias menores que possam ser cumpridas na parte mais quente do dia, evitando a alvorada e o crepúsculo, onde as temperaturas são realmente de quebrar os ossos.
Busan é a segunda maior cidade coreana com 3.5 milhões de habitantes aproximadamente. É o centro cultural, educacional e econômico do sudeste coreano. A cidade ganha destaque por abrigar o porto mais importante do país, que também é o 8° do mundo, distante apenas 190 km do Japão. Na cidade, fiquei hospedado na casa de Kim, mias um membro do WS que me tratou muitíssimo bem! Kim estava se preparando para fazer um tour na Europa e América do Sul e a identificação foi imediata. Fiquei 3 dias em seu apartamento no qual funciona um jimjibang privado, relaxando, escrevendo para o blog e usando-o como base para visitar a cidade. Meu novo amigo também me deu várias dicas sobre a Ilha de Jeju, o destino turístico mais famoso para os coreanos, que te convido a conhecer no próximo episódio.
Nos vemos quinta-feira que vem! Além de mapas e guias, o site: Happy Routes oferece todas as informações necessárias para viajar de bicicleta pela Coréia do Sul.