Pedalar… como tudo começou.

A ideia surgiu muito superficialmente na trilha do Everest. Em uma dessas conversas que se tem com a gente mesmo. Eu tinha acabado de chegar ao Acampamento Base. Depois de dividir a euforia com meu grande amigo Luciano Balbim, me distanciei das pessoas e contemplei a montanha mais alta do mundo por uns 20 minutos.

Com as emoções afloradas e o sentimento de conquista, meu cérebro buscava em flashes, em uma cronologia desordenada, momentos da minha vida que guardo com carinho dentro de mim. Filha, família, parentes, pessoas queridas que já não estão entre nós, outras que ainda estão, momentos inesquecíveis, conquistas pessoais. Meus olhos enchiam de água, minha vista embaraçava, e o frio cortante, aumentava a sensação de ardência nas minhas narinas.

Uma sensação maravilhosa de conquista, superação, orgulho, saudade, explodia dentro de mim, impulsionado pelo sofrimento e pelo cansaço. Sentia-me ao mesmo tempo cansado e eufórico!

Exatamente ali, debaixo dos 8.848m do Everest, conversando com meu mais íntimo “EU”, percebi que não podia mais viver sem esse tipo de sentimento e passei a pensar em um próximo desafio.

A proximidade dos meus 40 anos exigia um plano audacioso. Aos poucos fui amadurecendo a ideia. Foram dias até conseguir criar um conceito que fizesse sentido com tudo aquilo que estava buscando, e quando dei por mim, me vi mergulhado na organização e no planejamento de uma…

“…VIAGEM ECOLOGICAMENTE CORRETA EM UM PAÍS DE NATUREZA EXUBERANTE, POUCO CONHECIDO PELOS BRASILEIROS, DESVENDANDO A SUA GASTRONOMIA, COLOCANDO A PROVA MEU PREPARO FÍSICO, MINHA DETERMINACAO E MINHA FÉ, EM BUSCA DO AUTO CONHECIMENTO” …

E tudo isso… pedalando!