O Natal é cheio de tradições, cerimônias e costumes baseados em várias superstições antigas que permanecem até os dias atuais. Velhos e jovens, amigos e família se unem em várias semanas de festividades.
Antigamente, Natal era um banquete que acontecia durante o inverno – um festival de luzes marcando a transição do inverno sombrio para primavera e verão. O Natal era um tempo de celebrar a colheita, fertilidade, nascimento e morte. Em 1.900 o Rei Haakon I decidiu que o costume pagão de beber Jul (yule) deveria ser mudado para 25 de dezembro, em honra ao nascimento de Jesus Cristo.
Gradualmente, o banquete pagão foi se tornando cada vez mais cristão. O nome Jul foi conservado, mas o feriado foi dedicado a Jesus Cristo. O Natal é deste modo, uma mistura de festa pagã antiga e tradições Cristãs mais modernas.
Nos velhos tempos, as preparações para o Natal eram extensas. Tudo, desde fazer os presentes de Natal a sacrificar o animal a ser comido deveria ser feito em casa. As fazendas eram auto-suficientes, e esperava-se que os animais sacrificados antes do Natal durassem o resto do ano.
A data para o sacrifício variava, mas a melhor época era antes do Natal na lua nascente.
As mulheres eram responsáveis por preparar o banquete do inverno e preparavam a maior parte da comida. Os homens faziam o trabalho pesado, como cortar madeira, afiar facas e cortavam as carnes. A maior parte era salgada e curada. As crianças esperavam ansiosamente a comida ficar pronta, da mesma maneira que fazem hoje. Pelo menos sete tipos de biscoitos doces eram assados. Depois que a cerveja era fabricada e os assados preparados, a família trabalhava em conjunto para limpar a casa inteira.
Tudo precisava estar limpo e brilhante para o Natal. Os homens cortavam e traziam para dentro de casa madeira suficiente para durar o feriado inteiro. Os ramos de aveia eram postos do lado de fora para os pássaros, porque as famílias acreditavam que, se os pássaros cantavam e gorjeavam ruidosamente, seria um bom ano. No celeiro, os animais recebiam um pouco de feno extra e alimentação.
A porta do celeiro era marcada com uma cruz para manter afastados os espíritos do mal, e a cruz era também usada como decoração no pão, na manteiga ou no teto acima da mesa do Natal. Os cardápios variavam, mas em toda parte a mesa era cheia da melhor e mais gostosa comida que a casa pudesse oferecer. Todas as pessoas que viviam na fazenda – empregados, família e convidados – comiam o jantar de Natal juntos. Todos iam para um culto matinal da igreja no Dia de Natal, e em muitos lugares pessoas apostavam corrida até em casa. Enquanto a Véspera de Natal era passada em casa com a família, os noruegueses socializavam no Dia de Natal, visitando amigos e vizinhos, próximos e distantes.
Grupos de crianças e adultos fantasiados com um bukk (bode), era uma visão comum. Em troca de canto e entretenimento, eles recebiam guloseimas e brincadeiras. Em muitos distritos, eram habituais corridas de uma fazenda a outra, incluindo um total de 30 cavalos de cada vez. Depois de muitos dias de festa, o 13° dia do Natal marcava o fim dos feriados. Era comum beber Yule e comer todas as sobras. Tudo o que sobrava nas cestas presas às árvores no Natal era para ser comido.
Fonte: Site oficial da Noruega no Brasil