Bebida dos Vikings

Akvavit, também conhecida como Aquavit, é uma aguardente escandinava feita de batata e grãos. Seu nome vem de aqua vitae – “água da vida” em latim. Produzida há mais de quatrocentos anos recebe o processo de destilação dupla. Na primeira obtém-se um álcool neutro bastante forte e na segunda são adicionados aromas provenientes de sementes de erva doce, aneto, anis e coentro. A Akvavit normalmente é amarelada, mas também é disponível de incolor ao dourado-pálido. O teor alcoólico é de 40% a 50% por volume.

A mais antiga referência ao Akvavit data de 1531 na carta em que um lorde dinamarquês oferecia para Olav Engelbretsson, o último arcebispo da Noruega, uma água chamada Aqua Vite que dizia ser empregada para quaisquer tipos de doença que uma pessoa possa ter, tanto interna quanto externamente. Embora haja exagero quanto às propriedades medicinais da bebida, é crença popular que a Akvavit facilita a digestão de comidas pesadas. Na Noruega é consumida no Natal e outras datas de celebração cívica. Normalmente é tomada num único gole junto com os petiscos e acompanhando arenque em conserva, lagostim ou peixe defumado.

A Noruega também produz uma Akvavit escura chamada Linie Aquavit, cuja cor é devida ao curioso processo de envelhecimento. As barricas de carvalho são colocadas em navios com destino à Austrália, passando forçosamente pela linha do Equador. As altas temperaturas encontradas durante as viagens que chegam a durar até cinco meses, mais o agitar constante das barricas aceleram o processo de envelhecimento. No regresso à Noruega a Aquavit é engarrafada e no contra-rótulo deve constar o nome do navio em que foi efetuada a viagem. Um processo similar era utilizado com o vinho Madeira.