O povo Sami é reconhecido como um povo indígena na Noruega. Eles formam um grupo étnico nativo da Lapônia, abrangendo as regiões setentrionais da Noruega, Suécia, Finlândia e Rússia. É um dos maiores grupos indígenas da Europa.
Os Samis falam dez línguas distintas denominadas genericamente de Sami ou lapão, pertencentes à um grupo lingüístico raro no qual se encontram o finlandês e o húngaro. Destas, seis possuem sua própria norma escrita. As línguas Sami têm um alto grau de parentesco, mas não são mutuamente inteligíveis; por exemplo, falantes do Sami do sul não são capazes de compreender o Sami do norte. Inicialmente referia-se a estas distintas línguas como “dialetos”, mas hoje considera-se esta terminologia incorreta, devido às grandes diferenças entre as variedades. A maior parte destas línguas é falada em mais de um país, devido ao fato de as fronteiras linguísticas não corresponderem às fronteiras nacionais.
As fontes tradicionais de sustento do povo Sami incluem a criação de renas, a caça, a pesca, a agricultura e o duodji, que é seu artesanato.
Não existem números exatos sobre a população Sami na Noruega, mas estima-se que estejam entre 30.000 e 35.000 habitantes. Entre 15 e 25 mil vivem na Suécia, mais de 6.000 na Finlândia e aproximadamente 2.000 na Rússia.
Desde 2004, 6 de Fevereiro é o Dia Nacional dos Sami, um dia nacional oficial na Noruega. O Dia Nacional dos Sami serve de símbolo de uma nação Sami unida que ultrapassa as fronteiras das nações. Nesta data comemora-se o primeiro congresso Sami, realizado em 6 de Fevereiro de 1917, que estabeleceu as fundações para o desenvolvimento da cooperação a nível nacional e transfronteiriço do povo Sami.
Em Abril de 2003, a Lei relativa ao uso de bandeiras em edifícios públicos municipais foi motivo de emenda de modo a incluir a bandeira Sami. Os municípios e condados noruegueses estão hoje em dia autorizados a hastear a bandeira Sami em qualquer ocasião.
A constituição genética do povo Sami tem sido motivo de grande interesse devido à grande “distância” entre eles e os demais povos europeus, incluindo seus vizinhos mais próximos. As investigações baseiam-se principalmente nos Samis do norte e do leste, uma vez que uma variação considerável é encontrada entre diferentes grupos Sami – contudo todos compartilham de um mesmo ancestral comum.
A pesquisa indica que 95,6% do DNA Sami é originário da Península Ibérica tendo somente 4,4% de origem sibero-asiática (Tambets 2004). Uma ligação genética foi também encontrada entre o povo Sami e os Berberes do norte da África datando de 9000 anos (Achilli 2005), levantando a possibilidade de que a Europa Meso-Ocidental, Setentrional e do Sudoeste, e o Noroeste da África (Montes Atlas) eram habitadas por povos com origens em comum, que foram varridos do mapa aos poucos durante a expansão dos povos indo-europeus do Leste para o Oeste, e dos quais o principal resquício atual são os bascos, única etnia que sobreviveu a esta invasão massiva da Europa por parte dos chamados arianos (ou indo-europeus).
Respostas de 6
Vou pesquisar extensivamente sobre a formação e constituição genética do povo Sami, pois me surpreendi pelo fato do site dizer que eles possuem 95,6% de genes europeus da Península Ibérica e apenas 4,4% de DNA oriundo de povos da Sibéria.
Depois e avise se a informação procede. Abrc
Carlos, vc escreveu algum artigo sobre esse fato? Onde posso ter acesso a esta informação? Que maravilha de pesquisa! Te desejo muito sucesso!
Este artigo é bem antigo, e certamente são fontes da internet. Abraço!
Tenho estado a estudar vestígios do que parece ser um culto dirigido a “pedras” com formas zoomórficas e antropomórficas (numa Ilha dos Açores – Terceira). Indícios desse culto são pias escavadas na rocha, inscrições várias, desenhos de barcos e outros. Gostaria de trocar impressões consigo a ver que pontos de semelhança existem. Antonieta Costa
NOssa Antonieta, não tenho a mínima capacidade de debater sobre esse tema. Me desculpe, isso apenas está ligado a uma viagem que fiz. Me desculpe.