TEMPORADA NOVA ZELÂNDIA –
EPISÓDIO #9 –
Picton foi nosso último destino na Ilha Sul, de lá, Jordi e eu pegamos o Ferry para uma viagem de 3 horas e meia até Wellington, a capital da Nova Zelândia, que possui cerca de 350 mil habitantes.
Fundada em 1830, essa jovem cidade é conhecida como Wellington dos Ventos, devido aos fortes ventos oriundos do estreito de Cook. É um importante centro financeiro, comercial e cultural do país. A cidade também ganha destaque com seu acervo arquitetônico, com fachadas Coloniais, Art Deco, Neogótica, imperial Francês, Inglês Tardio e casarões de madeira do século XIX. Embora possua alguns museus interessantes, um bonde e um teleférico nacionalmente famosos e ruas comerciais sofisticadas, não é propriamente, a cidade mais atraente da Nova Zelândia se tratando de turismo.
Ficamos hospeda na casa de Barry Brant, membro do WS, que anos antes, havia pedalado pelo Brasil. Durante sua viagem, Barry conheceu Eduardo Sator, um amigo de Caxias do Sul que foi nossa ponte de contato. Deixo aqui meu abraço e agradecimento aos dois!
Barry adora o Brasil e até arranha o Português. Ele nos deixou muito a vontade em sua casa, nos tratou muito bem e nos deu dicas importantes da região! Barry mora com sua esposa Fiona no alto de uma colina com vista para a cidade. Nossos novos amigos, não fizeram objeções em nos hospedar por 3 noites enquanto uma janela de ventos fortes e chuva, nos desencorajava a sair em viagem. Quando o tempo finalmente deu uma melhorada, seguimos as dicas de Barry e pegamos uma trilha para deixar a cidade.
A Remutaka Rail Trail é uma antiga ferrovia transformada em pista de caminhada e ciclismo de 22 km entre Maymorn e Cross Creek, que cruza as montanhas entre dois vales, o Mangaroa e o Wairarapa. A trilha Remutaka faz parte de uma rede de trilhas em parques públicos regionais administrada pelo Departamento de Conservação da Nova Zelândia. Em caráter recreativo é utilizada por mais de 30 mil pessoas por ano, e possui áreas de piquenique, banheiros e abrigos. Por se tratar de uma antiga estrada de ferro, a trilha apresenta um relevo gentil, algumas pontes de madeira e túneis curtos. A maior dificuldade da trilha foi cruzar um vale com um pequeno riacho ao fundo, onde a ponte não existe mais. Uma encosta íngreme associado as pedras soltas e o peso da bike exigiu bastante esforço.
As estradas da Nova Zelândia são desafiadoras, com bastante montanhas, sinuosas e quase sempre sem acostamento. A cada metro que se sobe, o vento parece aumentar e as subidas podem levar várias horas para serem superadas, mas é certo, para a felicidade geral da nação, que assim que se alcança o topo, vem um descidão delicioso pela frente!
Outro grande barato da Nova Zelândia é poder desfrutar de sua natureza. O país é lindo e seguro, onde acampar é realmente a melhor pedida…
O Camping Vinager fica ás margens do rio Rangitikel, um dos mais extensos do país com 185 km de extensão. O rio é famoso por oferecer diferentes formas de lazer como o jetboating, rafting, caiaque e pesca. O camping Vinager é equipado com banheiros e água encanada. No inverno é grátis, e acabou sendo o lugar perfeito para pernoitar, tirando os borrachudos, é claro!