Aurélio Magalhães – Da China Para Casa by Bike

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Cicloturismo em Taiwan – Uma ilha formosa para o Cicloturismo

TEMPORADA TAIWAN –

EPISÓDIO #2 –

Não é por menos que a Ilha de Taiwan recebeu o apelido de “Formosa” pelos espanhóis na época da colonização. A ilha é maravilhosa e um paraíso para quem gosta de pedalar. Mar, montanhas, vales, lagos, zona rural, um povo incrivelmente hospitaleiro com uma cultura super tradicional e um clima temperado que faz do pedalar, uma agradável experiência. O país praticamente oferece tudo que um cicloturista procura. De planícies à beira mar, e desafiadoras montanhas na parte central, é possível escolher um roteiro de acordo com a sua aptidão física, e fazer um belo passeio. No entanto, mesclar um pouco de praias e montanhas me parece ser a melhor opção. No litoral estão as maiores concentrações urbanas, enquanto no centro da ilha, entre ou à beira das montanhas, o clima é mais rural, e o tempo parece ter outra dimensão, fazendo com que tudo lembre paz e tranquilidade. Cortada pelo trópico de câncer, Taiwan tem um clima temperado ótimo para se pedalar. Plantações de abacaxi, atemóia, pinha, manga, goiaba, cana, tomate, melancia, limão e perfumadas laranjeiras e jardins floridos e coloridos aparecem a cada curva.

Pelas estradas, comida e pontos de apoio é o que não faltam. São muitas cidades e vilas pelo caminho e todos os postos polícias oferecem auxilio para quem viaja de bike. Água, banheiro, bomba de ar, kit de reparos simples e de vez em quando até rola um sofá com internet para dar uma relaxada. Também é possível encontrar muitos templos religiosos na beira das estradas, muitos com banheiros, pátios e boas sombras para fazer um lanche ou descansar.

Taiwan tem um custo de vida relativamente barato. É possível fazer uma boa refeição simples por menos de US$ 3. (Lembro que o dólar em 2015 girava em torno de 3 reais). A hospedagem é o maior custo de uma cicloviagem em Taiwan. Uma cama em quarto compartilhado em um hostel sai por aproximadamente US$ 13. Aproveitando a hospitalidade e a generosidade do povo local, encontrei uma forma de hospedagem muito legal, que ao mesmo tempo reduziu o meu gasto a zero e ainda me colocou em contato direto com o povo local. Minha viajem por Taiwan durou um mês, sendo que mais da metade das noites encontrei acomodação e fui muito bem recebido pelas corporações dos bombeiros. Amigáveis e solidários, sempre arranjavam um lugarzinho para eu passar a noite. As vezes em um quarto só para mim, outras, compartilhando com os soldados ou mesmo disponibilizando um espaço para a minha barraca. Mostrando interesse em minha viagem e na cultura brasileira, mesmo com pouca fluência no inglês, o papo rolava solto com os membros da corporação, me fazendo responder com mímicas e risadas, inúmeras perguntas. Esse carinho era sempre recompensado com um convite para o jantar. E sabendo da minha saga de corporação em corporação, e da veia gastronômica do projeto, rolou até um desafio entre eles para saber onde fui melhor recebido! E essa competição era garantia de um menu caprichado e muitas vezes inusitado e surpreendente. A boa relação com os bombeiros também rendeu algumas surpresas culturais, como foi o caso de um show folclórico em um festival.

 


 

A viagem ao redor do globo continua. Suba na garupa e venha comigo nesta aventura!

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