Entre Innsbruk na Áustria e Munique na Alemanha, foram 3 dias de pedal com muita chuva. Apenas no terceiro dia, já bem perto de Munique, o sol apareceu novamente. Foi o último trecho de Jordi, que volta para Barcelona amanhã, enquanto eu, sigo minha jornada rumo norte, onde pretendo visitar bons amigos que fiz na estrada.
A ciclovia que liga essas duas cidades seguiu no mesmo padrão dos Alpes. Muito bem sinalizada, boa infraestrutura, quase sempre exclusiva para pedestres e ciclistas, e em ótimo estado de conservação. Na Áustria, a ciclovia segue ao lado do Rio Inn, afluente do Rio Danúbio, fato que garante boas fotos, mesmo com o tempo nublado. O céu nublado, a chuva, as baixas temperaturas e as folhas das árvores que colorem as trilhas com tons que vai do amarelo, passando pelo cobre e chegando ao marrom, oferecem um cenário original típico de outono. No entanto, o vale do Rio Inn é um importante centro agropecuário, com plantações e pastos ainda verdinhos.
A chuva associada ao frio, é literalmente, um banho de água fria para fazer fotos. Luvas grossas, lentes molhadas e embaçadas… fica chato pra caramba! Como vai secar ou desembaçar a lente se tudo está molhado? A chuva também enche o saco na hora de buscar um lugar para passar a noite. Não conseguimos Warmshowers e não tivemos sucesso com o Padre, que por sinal, nem se quer estendeu a mão para me cumprimentar! Super rude o lazarento! Me deixou com uma raiva desgraçada! Tudo bem! Não precisa aceitar o meu pedido, mas não me cumprimentar foi demais! Fiquei o resto do dia ruminando aquele momento. Padre du C.! Não me deu a mão e fechou a porta na minha cara! Ahhhh….. Bom deixa para lá! O jeito foi encarar a chuva e acampar…
Na primeira noite cozinhamos dentro da barraca e na segunda usamos uma casinha de caçadores de patos. O cardápio foi praticamente o mesmo, com pequenas variações. Uma deliciosa sopa com milho verde e abóbora que colhemos ao longo da ciclovia.
Munique é a terceira maior cidade alemã, capital da região da Baviera, o maior dos 16 estados alemão. Nesta região, a cozinha é rústica, destacando todos os tipos de carne, em especial as carnes de caça, vitelo, pato, os diferentes tipos de salsichas e o porco, talvez a estrala maior da gastronomia da região. Os doces como o Apfelsrudel, torda de maça e creme; e o Nusschneken, uma caracol de massa folhada com diferentes sabores, também são bem interessantes, seja na sobremesa ou na hora do cafezinho com leite para esquentar do frio. No entanto, eles não são lá tão açucarados como os nossos doces brasileiros, e podem decepcionar os fanáticos por açúcar. Ahhh… as cervejas também são muito famosas por aqui. Até a semana passada estava rolando a Oktoberfest!
Com uma “crise de gota”, confesso que ainda não experimentei as carnes. Mas já rolou uns docinhos típicos.
Já entrei com a medicação e estou torcendo para melhorar o mais breve possível! Afinal, tem muita coisa para provar, não só na região da Baviera, mas em toda a Alemanha. Sobe na garupa e vamos juntos!
4 respostas
Vai para Haia, na Holanda? Posso TENTAR hospedagem. bjs
Obrigado Sueli! Desculpa pela demora em responder. bj
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